Cresci ouvindo meu pai falar das dificuldades que a família passou quando chegou ao Brasil. Meu pai tinha seis anos e se lembrava com riqueza de detalhes, desde a viagem até o desembarque, em Santos. A primeira refeição foi pão com açúcar. No início, estranharam tudo. O feijão salgado, as frutas - como o mamão- e a vida dura nas plantações de café e algodão. Não sei quem trouxe sementes de arroz mochi. Alguém fez o primeiro pilão de madeira, queimando o buraco com uma brasa, chama controlada. Surgiram as primeiras plantações em alagados, brejos. O que não existia aqui, adaptaram.
Uma das adaptações que considero geniais é o do "Pará umê". Na verdade, é o botão da vinagreira, um hibiscus. Pegaram esse botão, naturalmente vermelho e ácido e fizeram uma conserva que lembra, vagamente, pelo menos no sabor. ao umeboshi. O umeboshi é uma fruta, que é salgada, colorida com folhas de shiso vermelho e conserva-se indefinitivamente. Recentemente encontraram em uma tumba, um pote dessa conserva. Apesar de ter séculos de idade e da aparência enegrecida, encontrava-se comestível. Apenas desidratada e, por isso, extremamente salgada e azeda.
Fazer o "Pará Ume" é muito simples. Mais simples que o umeboshi. Basta separar as pétadas do botão dessa flor, salgar (de 10 a 15 % do peso), envasar e, se quiser, aromatizar com folhas de shiso em pó - comercializadas com o nome de "Yukari". Aguarda-se alguns dias antes de consumi-lo. As pétalas ficarão macias e o sabor se alterará.
Assim como todos os tsukemonos, acompanha bem o arroz branco. Quanto a durabilidade, não tenho certeza. Até hoje não ouvi falar que uma conserva de "Pará Ume" estragou.
Uma das adaptações que considero geniais é o do "Pará umê". Na verdade, é o botão da vinagreira, um hibiscus. Pegaram esse botão, naturalmente vermelho e ácido e fizeram uma conserva que lembra, vagamente, pelo menos no sabor. ao umeboshi. O umeboshi é uma fruta, que é salgada, colorida com folhas de shiso vermelho e conserva-se indefinitivamente. Recentemente encontraram em uma tumba, um pote dessa conserva. Apesar de ter séculos de idade e da aparência enegrecida, encontrava-se comestível. Apenas desidratada e, por isso, extremamente salgada e azeda.
Fazer o "Pará Ume" é muito simples. Mais simples que o umeboshi. Basta separar as pétadas do botão dessa flor, salgar (de 10 a 15 % do peso), envasar e, se quiser, aromatizar com folhas de shiso em pó - comercializadas com o nome de "Yukari". Aguarda-se alguns dias antes de consumi-lo. As pétalas ficarão macias e o sabor se alterará.
Assim como todos os tsukemonos, acompanha bem o arroz branco. Quanto a durabilidade, não tenho certeza. Até hoje não ouvi falar que uma conserva de "Pará Ume" estragou.
Um comentário:
Achei mto interessante essa historia...sempre pensei que essa conserva tb fosse consumida la no japao ate que descobri que la nao existe e fiquei curiosa em saber de onde surgiu, interessante saber que foi uma especie de adaptaçao culinaria.
Parabens pelo blog!
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